Saturday, August 2, 2008

particularidades do desenvolvimento das criancas

ÍNDICE PÁG


Introdução 2
As condutas Sociais e Morais – Conceitos 3
Teoria do Piaget 4
Teoria de Kohlberg 6
Diferenças de género no pensamento moral 7
Comparação da teoria de Piaget com os outros psicólogos 8
Implicações educativas 9
Conclusão 10
Bibliografia 11























INTRODUÇÃO


O homem desde o seu surgimento até ao momento actual não se comportou da mesma maneira considerando que ele é um ser inacabado razão pela qual é susceptível às mutações para o futuro, assim, ficando-se com a impressão de que o seu comportamento pode vir a ser o outro, motivado pelas condições biológicas, mudanças do meio ambiente (condições climáticas, faunísticas e florestais) e do meio social (família, escola, igreja, grupo de coetâneos e instituições de resocialização).

Nesta evolução não só se verificou o desenvolvimento das atitudes comportamentais mas também psíquicas e cognitivas. Partindo do princípio de que nenhum indivíduo na sua evolução já dependeu unicamente de um factor, para o estudo completo do desenvolvimento da personalidade do indivíduo é imprescendível a consideração de todos factores atrás mencionados.

Sendo assim, o grupo no presente trabalho pretende trazer à superfície aquilo que são as particularidades do desenvolvimento da criança, concretamente das condutas sociais e morais segundo Piaget e Kohlberg, como manifestações que ocorrem na sociedade diariamente, que também variam em função das idades, meio social, dos diferentes papeis que o indivíduo assume e o nível de instrução.















AS CONDUTAS SOCIAIS E MORAIS


Conceitos

Condutas são manifestações de comportamentos de indivíduos, podendo ser boas ou más, dependendo do código moral, ético do grupo onde aqueles se encontram, (disponível no http://pt.Wikipedia.orq/Wiki/Conduta).

Social, relativo a sociedade. Sociedade reunião de pessoas que têm a mesma origem e se regem pelas mesmas regras e leis.

Moral é um conjunto de regras no convívio. O campo moral é mais amplo, mas nem todas as regras morais são regras jurídicas porém, toda a norma jurídica têm conteúdo moral. A semelhança que a moral tem com o Direito é que ambas são formas de controle social (disponível no http://pt.Wikipedia.orq/Wiki/Moralidade).

Em relação a criança o desenvolvimento moral é o modo como a criança aprende a determinar o que é certo e o que é errado, que é (principalmente a base da justiça).
















A TEORIA DE PIAGET

Para Piaget (1932: 218), citado por Angela M., a moralidade é concebida como um sistema de regras. A essência da moralidade está no respeito que o indivíduo adquire pelas regras.

Piaget sugere que o comportamento moral em relação a outras pessoas, tal como não mentir, não roubar, é necessário para promover na criança a boa vontade nas relações sociais.

O resultado final do desenvolvimento moral é a aceitação da moralidade, por essa razão o grande interesse é de saber como é que as crianças chegam a entender e aceitar as regras dos jogos de um toque da bola (para os meninos) e neca (para as meninas).

Os estágios do desenvolvimento moral são semelhantes nos dois casos, mas o jogo de bola de um toque ilustra claramente os pontos da Teoria de Piaget. Depois de entrevistar duas crianças de idades diferentes e com a frequência diferente das respostas, Piaget concluiu que há quarto estágios na prática destas regras, que são:

 O primeiro estágio também considerado pré-estágio, ocorre entre os 2 a 3 anos de idade. A criança não tem nenhuma noção de jogo como actividade que todos devem realizar em função de algumas regras;

 O segundo é o estágio egocêntrico, ocorre dos 4 aos 7 anos de idade, a criança toma a consciência de que as outras pessoas jogam de acordo com as regras, mas ela própria ainda não joga com as outras. As regras são consideradas sagradas, imutáveis, ditadas por gente superior como os pais, polícia e Deus. Esta é a fase da heteronomia;







 O terceiro estágio começa por volta dos 8 ou 9 anos de idade. Nesta fase a criança começa a jogar com as outras e têm a consciência de que todas devem jogar da mesma maneira, obedecendo as mesmas regras. Chega-se ao consenso, a respeito das regras através da imitação e da interacção com as outras crianças;

 O ultimo estágio que é o quarto, ocorre dos 11 aos 14 anos de idade, quando as crianças já começam a dominar todas as regras e todas as suas variações. Perdem o respeito místico pelas regras e sabem que elas são sujeitas a mudanças, se todas crianças concordarem com as mudanças. Esta característica Piaget chamou de autónoma.

Piaget discorda com a posição de Durkheim de que a moralidade só aprendida pela imposição de uma autoridade. Defende que a cooperação com os colegas é necessária para que a pessoa internalize e aceite certos valores morais. O desenvolvimento da autonomia na criança liberta-se da coerção pela autoridade e o desenvolvimento de uma atsitude em relação à moral assente no respeito mútuo.



















A TEORIA DE KOHLBERG

Kohlberg (1969, 1973, 1981a, 1981b), citado por Mwamwenda, concentrou-se no pensamento moral, uma vez que ele é a base do comportamento moral. O mesmo acto pode ser moral ou imoral, dependendo do raciocínio que está por de trás. Pode-se respeitar uma lei por medo de uma multa ou por causa de um senso de certo e errado.

Segundo Kohlberg citado por Mwamwenda, o desenvolvimento moral têm três níveis e cada um subdivide-se em dois estágios diferentes. A ordem desses níveis e estágios morais é invariável porque eles dependem do desenvolvimento de certas habilidades cognitivas que por sua vez envolvem uma sequência invariável. Kohlberg, presumiu que cada novo estágio evoluia e substituia o anterior, depois que o indivíduo o tivesse alcançado um estágio maior do raciocínio moral, jamais voltaria aos estágios anteriores.


Níveis do desenvolvimento moral segundo kohlberg

Primeiro nível - Pré-moral

Estágio 1: Orientação para obediência e a punição - a criança comporta-se bem para evitar punições ou para obter recompenses;

Estágio 2: Finalidade instrumental e troca – seguir as regras somente quando forem do interesse pessoal e imediato.

Segundo nível – Convencional

Estágio 3: Concordância interpessoal e conformidade - as crianças tentam agradar aos outros ou cumprir com as obrigações sociais;





Estágio 4: Concordância social e manutenção do sistema - Cumprir os deveres assumidos, as leis sempre devem ser respeitadas, excepto quando conflitam com os deveres sociais fixos e dar a sua contribuição para a sociedade.

Terceiro nível – Pós convencional

Estágio 5: Contrato social, utilidade, direitos individuais – estar ciente de que as pessoas têm uma variedade de valores e opiniões, alguns valores e direitos como a liberdade devem ser mantidos e respeitados em qualquer sociedade;

Estágio 6: Princípios éticos universais – Pautar-se por princípios éticos escolhidos, os princípios são universais de justiça, igualdade dos direitos humanos, o respeito pela dignidade dos seres humanos como indivíduos é a razão para agir certo.

A DIFERENÇA DO GÉNERO NO PENSAMENTO MORAL

Freud, Piaget e Kohlberg, têm indicado que existem diferença no raciocínio moral da mulher e do homem. Geralmente, os homens têm um raciocínio moral mais elevado do que as mulheres. Isto é atribuido a diferentes factores, tais como a cultura e a todas as práticas educativas, que incluem maiores expectativas em relação aos homens do que com as mulheres.

Freud (1961), citado por Mwamwenda, observou que a sensibilidade moral do homem difere da de mulher, argumentando que os seus super-egos não são inflexíveis e que não podem ser desligados dos seus sentimentos de afecto ou hostilidade. Dado que a resolução desta ansiedade é importante no desenvolvimento da identificação, os rapazes identificam-se mais com o sentido da moralidade dos seus pais do que as raparigas, daí que a deficiência das raparigas em entender tudo o que é justiça.







Erikson(1978), citado por Mwamwenda, defendeu que o crescimento da mulher na sociedade é limitado. Ele refere que os homens têm vantagens em relação às mulheres, prevalecente pelo seu papel activo na sociedade em tarefas que apelam à participação e responsabilidade e que, no seu ponto de vista, estimulam situações que requerem juizo moral. O estudo do Turiel acerca do desenvolvimento moral em três tipos de escolas: progressista, tradicional e paroquial tiveram como resultados: os estudantes masculinos da escola progressista responderam num nível mais elevado do que os da escola tradicional. Enquanto que os da escola tradicional responderam num nível mais elevado do que os da escola paroquial. O pressuposto de Turiel e Kohlberg (1974) é de que o facto de se proporcionar um meio semelhante às raparigas e aos rapazes faz com que as diferenças entre os sexos sejam mais reduzidas. Esta posição é reforçada pelo estudo de Weisbroth(1970) que indicou que as mulheres de carreira profissional ou licenciadas atingem níveis elevados do desenvolvimento moral, tal como os homens nas experiências e conhecimentos semelhantes.

COMPARAÇÃO DA TEORIA DO PIAGET COM OS OUTROS PSICÓLOGOS

Kramer (1969), citado por Angela M., apresenta muitos pontos em comum com Piaget, enfatiza a importância da maturação de estruturas cognitivas, bem como uma sequência que não varia os estágios no julgamento do desenvolvimento do julgamento moral.

A posição de Kohlberg é radicalmente diferente da de Piaget, porque ele acredita na universalização dos princípios morais.

A maioria dos psicólogos partem da premissa de que não há universalização de princípios morais e que cada indivíduo adquire os valores morais da cultura em que é socializado. Embora haja divergências entre os psicólogos mas todos definem o desenviolvimento moral em termos da normalização directa de normas culturais.

As teorias de aprendizagem enfatizam o papel de reforços e punições na aquisição dos padrões morais.



IMPLICAÇÕES EDUCATIVAS

O nosso objectivo como educadores deve ser de:

- facilitar o desenvolvimento moral dos nossos estudantes, de forma a atingirem um estádio de desenvolvimento moral o mais elevado possível;

- desenvolver a capacidade de como devemos relacionarmo-nos connosco mesmo e com os outros com base nos princípios da justiça. Jomo Kenyatt, citado por Mwamwenda, disse, <>;

- incutir aos professores e alunos que qualquer comportamento observado não deve ser julgado isoladamente, mas que as circunstâncias que levam a esse comportamento devem ser analisados.

- os professores desenvolver os conceitos de justiça nos seus alunos para que eles se tornem melhores homens e mulheres à medida que se relacionam com as pessoas na sociedade.

Isto só pode ser possível com o ensino e com a discussão de princípios morais e de justiça.














CONCLUSÃO


Sendo trabalho de investigação, o grupo concluiu que falar das particularidades do desenvolvimento da criança, em particular as condutas sociais morais é complexo, partindo do princípio de que estes têm a ver com as particularidades específicas de cada um e de outros factores externos.

Aos alunos, docentes pais e encarregados de educação deve-se consciencializar que todas as regras e normas de conduta de uma criança acompanham os seus estágios de desenvolvimento psico-fisiológicos, que depois da ocorrência de um o mesmo não volta a repetir-se, se não dar lugar ao outro, mas que também se ocorrer uma perturbação num dos estágios o desenvolvimento da conduta social e moral dessa criança pode ser anormal.






















BIBLIOGRAFIA


Biaggio. Angela M. Psicologia de Desenvolvimento (1975: 216 – 220) 15ª Edição
Davidof, Linda. Introdução à Psicologia (451-454) - 3ª Edição
Davidof, Linda. Introdução à Psicologia - 6ª Edição
http//:www.google. com.: http://pt.Wikipedia.orq/Wiki/Conduta
http//:www.google. com.: http://pt.Wikipedia.orq/Wiki/Moralidade
Mwamwenda, Tuntufys S. Psicologia Educacional, Textos Editores (2005: 130-138)

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